Título: História da Colonização Portuguesa do Brasil
Autores: Carlos Malheiro Dias (1875-1941) - Direcção e coordenação literária
Conselheiro Ernesto de Vasconcelos (1852-1930) - Direcção cartográfica
Alfredo Roque Gameiro (1864-1935) - Direcção artística
Publicação: Porto : Litografia Nacional, 1921-1924
Ilustrações de: Alfredo Roque Gameiro (1864-1935)
Descrição física: 3 v. : il. ; 38 cm
Notas: Edição monumental comemorativa do primeiro centenário da Independência do Brasil
Contém: 1º v.: primeira parte: O descobrimento: os precursores de Cabral. - 275, [1] p.
2º v.: primeira parte: O descobrimento: a epopeia dos litorais. - 1923. - [10] f., 462 p., [1] f. desdobr.
3º v.: segunda parte: A colonização: A Idade Média Brasileira (1521-1580). - 1924. - 395, [3] p.
Informação: Biblioteca Nacional de Portugal
Ver: Obra digitalizada em Biblioteca Nacional Digital do Brasil :
Notícias sobre a Exposição no Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro,
e a Exposição na Câmara Portuguesa de Comércio, em S. Paulo
Em Wikipédia
Artigos de jornal: 1921-09-18 - O Paiz - HDB
1921-10-02 - Jornal do Brasil - HDB
1921-10-05 - Jornal do Brasil - HDB
1921-11-19 - O Paiz - HDB
1922-02-11 - Revista da Semana - HDB
1922-02-18 - Revista da Semana - HDB
1922-03-11 - Ilustração Portuguesa - A Rua nova dos mercadores, de Alfredo RG,
feito para a História da Colonização Portuguesa do Brasil
1923-11-24 - O Jornal - HDB
1925-07-25 - O Paiz - HDB
1926-10-23 - Jornal do Brasil - HDB
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O interesse que o pintor manifestou por tudo o que fosse nacional e, particularmente ligado ao passado, revela-se na variedade de obras em cuja ilustração participou, centradas no contexto epocal do período das Descobertas. A História da Colonização Portuguesa do Brasil, edição comemorativa do primeiro centenário da descoberta deste país, obra impregnada de um elevado sentido épico, integra-se nesse período histórico.
A edição monumental, que foi publicada entre 1921-1923, deve-se à iniciativa da colónia portuguesa do Brasil. A direcção e coordenação literária estiveram a cargo de Carlos Malheiro Dias; o conselheiro Ernesto de Vasconcelos ocupou-se da direcção cartográfica e Roque Gameiro foi responsável pela parte artística. Muitas personagens ilustres contribuíram para conferir a este trabalho o considerável prestígio que alcançou na época da sua publicação, através da sua colaboração. Salientam-se, entre outros, Júlio Dantas, Jaime Cortesão, Henrique Lopes de Mendonça, Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Luciano da Silva Pereira, Duarte Leite, Francisco Esteves Pereira.
A obra, dividida em três volumes, abarca assuntos variados desde o descobrimento do Brasil até ao capítulo VII, intitulado A nova Lusitânea, da autoria de Oliveira Lima.
Pode ler-se na Advertência "Uma das mais brilhantes, mais gloriosas e mais fecundas da História de Portugal é, sem dúvida, o Descobrimento do Brasil. Este imenso território que ocupa quási três quartos do Continente Sul-americano, tanto na sua extensão geográfica, como na sua grandeza social, foi obra da fé e da energia dos portugueses".
As belíssimas aguarelas que Roque Gameiro pintou, das quais publicamos alguns exemplos, enriqueceram particularmente esta publicação devido a um expressivo enquadramento estético.
Na primeira parte do volume inicial, intitulada Os Descobrimentos, com o subtítulo Os Precursores de Cabral, surge uma ilustração que revela uma extraordinária criação artística e a capacidade de imaginar um tema imbuído de simbolismo histórico.
O frontispício de Roque Gameiro é uma obra prima de concepção e de pintura. O mestre de pintura mostra-se um grande poeta nesta página estupenda em que vemos a nau heráldica do descobrimento surgir em frente da terra de Vera Cruz. Na proa da nau, a juvenil figura armada do génio da raça ergue o facho da civilização".1
O primeiro capítulo - A era manuelina, da autoria de Júlio Dantas, é ilustrado por duas aguarelas, o retrato do rei D. Manuel e a Torre de Belém.
Uma excelente imagem da nau portuguesa do final do século XV ilustra o segundo capítulo, "A arte de navegar dos portugueses desde o Infante a D. João de Castro", da autoria do professor Luciano Pereira da Silva. Para a ilustração do terceiro capítulo, "Os falsos percursores de Álvares Cabral", pelo professor Duarte Leite, Roque Gameiro pintou uma aguarela figurando a caravela portuguesa do século XV.
Para a reprodução destas aguarelas baseadas em motivos históricos, como é o caso da nau e da caravela portuguesas, o artista consultou documentos coevos. Nele, a preocupação de reproduzir com fidelidade o passado era fundamental.2
Maria Lucília Abreu
in Roque Gameiro - O Homen e a Obra, ACD Editores, 2005
2 História da Colonização Portuguesa do Brasil, edição monumental comemorativa do primeiro centenário da independência do Brasil. Litografia Nacional, Porto, MCMXXI.
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Edição monumental comemorativa do primeiro Centenário da Independência do Brasil. Direcção cartográfica do Conselheiro Ernesto de Vasconcelos. Direcção artística de Roque Gameiro. Porto. Litografia Nacional MCMXXI. 3 Vols. In-4º Encs. Obra valiosa para a história do Brasil e seu descobrimento. Ilustrada com centenas de estampas no texto e em separado, muitas a cores, reproduzindo retratos, gravuras antigas, cartas geográficas, páginas de livros etc. |
A História da Colonização Portuguesa do Brasil é uma obra de história em três volumes.
Trabalho essencial para o estudo dos séculos XV e XVI, tanto na História de Portugal como na História do Brasil, foi publicada no Porto, pela Litografia Nacional, entre 1921 e 1924, no âmbito das comemorações pelo primeiro centenário da Independência do Brasil.
É uma obra coletiva, de natureza monumental, que reúne estudos de alguns dos mais importantes historiadores portugueses e brasileiros de seu tempo, tais como Jaime Cortesão e Carlos Malheiro Dias, rica e copiosamente ilustrada (a cores e metais) sob a direção artística de Roque Gameiro. Entre a documentação transcrita, encontra-se a Carta ao Rei D. Manuel I de Portugal por Pêro Vaz de Caminha, editada por Carolina Michaelis de Vasconcelos, e a reprodução paleográfica da carta de D. Manuel aos Reis Católicos, datada de 29 de Julho de 1501, a par da sua versão em linguagem atual.
Os volumes tem os seguintes temas:
Informação obtida em Wikipédia |
Edição monumental comemorativa do primeiro centenário da independência do Brasil. Direcção e coordenação literária de Carlos Malheiro Dias e Jaime Cortesão. Direcção cartográfica do Conselheiro Ernesto de Vasconcelos. Direcção artística de Roque Gameiro. Profusamente ilustrado a cores com gravuras em extra-texto e no texto reproduzindo desenhos do pintor Roque Gameiro. De salientar um capítulo com uma importante e muito detalhada explicação sobre astrolábios náuticos, quadrantes, balestilhas, tabelas e regimentos solares e estrelares usados nas navegações quinhentistas. Obra monumental sobre a presença portuguesa no Brasil, desde a sua descoberta em 1500 até 1580. Os organizadores convidaram os principais autores portugueses a colaborar na obra, escrevendo cada um destes autores um capítulo sobre a sua área de especialização: Júlio Dantas, Luciano Pereira da Silva, Duarte Leite, Jaime Cortesão, Carlos Malheiro Dias, Carolina Michaelis de Vasconcelos, António Baião, Francisco Maria Esteves Pereira.
Primeira parte: O Descobrimento. Volume I - Os precursores de Cabral. O Descobrimento. Volume II - A Epopeia dos Litorais. Segunda parte: A Colonização. Volume III - A Idade Média Brasileira (1521-1580). Informação obtida aqui
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Direcção e coordenação literária de Carlos Malheiro Dias. Direcção cartográfica do Conselheiro Ernesto de Vasconcellos. Direcção artística de Roque Gameiro. Porto, 1921-In fólio, 3 vols. Enc. do editor.
As ilustrações que compõem a obra, a maioria em folha à parte, são, a todos os níveis, de extraordinária qualidade, aliás característica da saudosa Litografia Nacional. Obra monumental sobre a presença portuguesa no Brasil, colaborada pelos principais autores portugueses da época, Júlio Dantas, Luciano Pereira da Silva, Duarte Leite, Jaime Cortesão, Carlos Malheiro Dias, Carolina Michaelis de Vasconcelos, António Baião, Francisco Maria Esteves Pereira. Contém capítulo com uma importante e muito detalhada explicação sobre astrolábios náuticos, quadrantes, balestilhas, tabelas e regimentos solares e estelares usados nas navegações quinhentistas. Informação obtida aqui
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PRIMEIRA PARTE
O DESCOBRIMENTO
VOLUME I
OS PRECURSORES DE CABRAL
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CAPÍTULO I
A Rua Nova dos Mercadores
Reconstituição da iluminura do «Livro das Horas» de D. Manuel (Século XVI), que se conserva no Museu de Arte Antiga, em Lisboa
Ver em Peregrinações em Lisboa
Os mercadores
Mulheres do povo
Homens do povo
Detalhe do pórtico axial dos Jerónimos: estátua orante de D. Manuel
Interior dos Jerónimos - A nave central
Tipos da nobreza portuguesa do tempo de D. Manuel
Pórtico axial dos Jerónimos
Torre de Santa Maria de Belém
Tomar - Convento de Cristo
A Igreja da Graça, de Évora
Retrato de D. Manuel
CAPÍTULO II
Nau Portuguesa do fim do séc. XV
(Reconstituição sobre documentos coevos)
Caravela Portuguesa do séc. XV
(Reconstituição feita segundo documentos coevos)
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
VOLUME II
A EPOPEIA DOS LITORAIS
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CAPÍTULO V
A Alcáçova ou Castelo de S. Jorge, segundo o livro de Lavanha
Reconstituição da fachada do Convento do Carmo em Lisboa
Estaleiro da Ribeira das Naus
Brasão de Pedro Álvares Cabral
Árvore Genealógica de Pedro Álvares Cabral
Castelo de Belmonte
Fachada da Igreja da Graça em Santarém
Imagem de Nossa Senhora da Esperança
que acompanhou Pedro Álvares Cabral
na viagem de descobrimento do Brasil
Capela tumular da Aires da Silva, na Igreja de S. Marcos, próximo de Coimbra
Ermida do Restelo, vista exterior
Ermida do Restelo, vista interior
A frota de Cabral ao sair do Tejo
♦ Aguarela parecida em O Notícias Ilustrado de 1933-01-01
CAPÍTULO VI
No chapiteu de uma nau - o capitão e mareantes em manobra
(reconstituição conjectural)
Homens d'armas numa nau portuguesa
(reconstituição conjectural)
Interior de uma nau portuguesa - a parte da ré
Composição de Roque Gameiro
Interior de uma nau portuguesa - a parte da vante
Composição de Roque Gameiro
CAPÍTULO VII
A Torre de Caminha
Aspecto parcial da fachada do Paço da Ribeira, do Porto,
onde a tradição pretende ter nascido o Infante D. Henrique
A Igreja quinhentista de Caminha
Aspecto parcial da Sala dos Veados, no Palácio de Sintra (estado actual),
em cujo tecto artezoado e brazonado se vê o brasão do descobridor do Brasil.
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XIII
A partida do «Lusitânia», do Tejo, na manhã de 30 de Março de 1922
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SEGUNDA PARTE
A COLONIZAÇÃO
VOLUME III
A IDADE MÉDIA BRASILEIRA
(1521-1580)
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CAPÍTULO I
O cláustro do Convento dos Jerónimos, concluído por D. João III
A torre de menagem e residência dos governadores da Praça de Arzila
Aspecto parcial da Praça Forte de Çafim
Um baluarte da Praça Forte de Mazagão
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
Martim Afonso de Sousa
(Reconstituição baseada no retrato da galeria dos governadores da Índia, em Goa)
CAPÍTULO IV
O Paço de Évora
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
O Mosteiro de S. Pedro de Rates