Nossa Senhora de Fátima (1951)

Fresco no transepto da basílica de S. Eugénio, em Roma
Altar votivo de Nossa Senhora de Fátima
(Dimensões: 9,00 m x 5,00 m)

VerDescrição na biografia
↗️ Basílica de S. Eugénio
↗️ Parrocchia Sant Eugenio
↗️ “A Capela de Nossa Senhora de Fátima na Igreja de Santo Eugénio em Roma, tão linda ideia patriótica e cristã - 1942-1951” - Dissertação de Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro, de Vera Félix Mariz Instituto de História de Arte, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa - 2010. Editor: Banco Espírito Santo, Centro de História, Lisboa - 2011
“A Capela de N S de Fátima na Igreja de Santo Eugénio em Roma” - Revista Monumentos


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Excertos de “A Voz” de 4 de Junho de 1951

Roma, 2 - O pintor Martins Barata, a propósito da capela de Nossa Senhora de Fátima, hoje inaugurada por Sua Santidade com a igreja de Santo Eugénio, onde figura, declarou-nos:

“Fátima não tem uma história que possa interpretar-se, plasticamente, além da própria aparição. Por esse motivo, o tema da decoração do altar da Madonna di Fátima, na igreja de Santo Eugénio, em Roma, não se podia fraccionar em predelas e formelas à velha maneira toscana e umbra. A decoração devia ocupar um espaço com as ingratas medidas de cinco metros de largura por onze de altura. A citada impossibilidade de parcelar este espaço, o que seria, artisticamente, mais indicado, apresentou-se como uma grande dificuldade a vencer; mas a indispensável composição una foi estudada e a solução que se encontrou mereceu ser recebida com aprazimento pelo Vaticano.”

Martins Barata prossegue, descrevendo a traços breves mas completos, o que é a nova capela:

“A Virgem, representada num belíssimo alto relevo do mestre Leopoldo de Almeida, aparece-nos, ao centro do grande fresco de Martins Barata, no halo luminoso do céu de Fátima, sobre a azinheira, aos olhos maravilhados dos pastorinhos. Acompanham-na quatro santos portugueses: Santo António, a Rainha Santa, S. Nuno e S. João de Deus. Conduzido por dois anjos docemente impetuosos, aproxima-se, dos dois lados, o povo de Portugal, representado pelas suas serranas, seus pescadores, seus pastores, operários e estudantes.”

E acentua depois:

“A composição apresenta-se com uma grande unidade cromática e linear, ligando-se bem a claridade da estátua à claridade do céu, a cor quente das pinturas à cor quente das robustas molduras de travertinos claros e escuros que as circundam; a estátua, monocroma, num belo mármore de Vila Viçosa tem a modelação a um tempo suave e forte que compensa a uniformidade da sua cor - e a pintura, sempre apenas no plano da parede, tem o vigor bastante para acompanhar a modelação da estátua, sem lhe sobrepor em importância (...). O frontal, na cerâmica de Jorge Barradas, que representa uma Anunciação, afina também a sua cor com a do fresco, apresentando-se com a justeza de tons e a finura de modelação necessárias para sublinhar, sem estridências, a alvura dos mármores, também portugueses do altar, o qual se destaca assim suave mas nitidamente, como lhe compete, do conjunto da decoração.”




Alguns estudos

xSanto António de Lisboa xRainha Santa Isabel
xSão Nuno de Santa Maria xSão João de Deus
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Alguns estudos em tamanho final

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Curiosidades

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Entre a gente do povo,
está representada Màmía,
que ampara Maria de Assunção
(filha do pintor),
que se encontra um pouco
inclinada para trás,
pelo espanto
ao olhar para Nossa Senhora.
xGravura de Paes Ferreira

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Ilustração de José Pedro MB, sobre pintura a fresco
(a propósito do fresco de Jaime MB no altar votivo de "Nossa Senhora de Fátima", em Roma)

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A Basílica de S. Eugénio, em 1950

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xAudiência de SS Pio XII em 1951-06-04, com Jaime e Màmía MB, e Leopoldo de Almeida e esposa xLeopoldo de Almeida, autor da escultura de Nossa Senhora de Fátima x
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Projecto inicial, não concretizado:

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Vitral de de SS Pio XII, devoto de Fátima
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